O capitalismo engolirá a democracia …

O ex-Ministro de Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, questiona as bases da sociedade ocidental que estipulou por patrimônio a relação direta entre capitalismo e democracia. “Acreditamos erradamente que o capitalismo gera inevitavelmente a democracia. Mas não gera”, diz.

Como contrapartida, o político que teve que lidar diretamente com a crise grega, apresenta um novo cenário econômico capaz de permitir que uma verdadeira democracia possa existir.

 

Bom apetite.

prévia do rolezinho

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Em agosto de 2000 um grupo de manifestantes organizou uma ocupação em um grande shopping da zona sul carioca. O episódio obteve grande repercussão na imprensa nacional e ainda hoje é discutido por alguns teóricos

O documentário nos mostra um grupo de manifestantes sem terra, que visitaram o Shopping Center Rio Sul, em Botafogo, no Rio de Janeiro, em 2000. Apesar da manifestação pacífica, não foram bem recebidos, bem vistos. O objetivo dos manifestantes era mostrar que eles têm direitos ao andar, visitar locais públicos. No início, foram abordados pela polícia, mas nada adiantou, pois a impressa estava presente.

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O rei gastão

Em um reino distante Um rei tão brilhante Resolveu um castelo construir A floresta devastou A procura de espaço Expulsando quem vivia ali Desviou o rio inteiro Só pra ter um chafariz Mas os peixes não tinham para onde ir (…)

Dê um tempo aos orangotangos

A Nestlé, que produz o chocolate KitKat, utiliza óleo de palma de empresas que estão acabando com as florestas da Indonésia, ameaçando a sobrevivência da população local e levando os orangotangos `a extinção.

Todo mundo merece um tempo – mas ter o nosso não pode significar o fim das florestas tropicais. Estamos pedindo `a Nestlé que dê um tempo `as florestas tropicais e aos orangotangos, parando de comprar óleo de palma vindo da destruição das florestas.

Saiba mais ‘Nestlé financia desmatamento’

Conheça o Greenpeace

Consumo – reflita.

Consumimos por necessidade e por desejo. Mas o que está por trás desse ato que faz a economia girar mas também consome os recursos naturais e gera lixo em proporções cada vez maiores?

Nas últimas cinco décadas, o consumo cresceu seis vezes. Mesmo levando em conta o crescimento populacional, os gastos por pessoa triplicaram. Atualmente o mundo extrai 30% a mais do que poderia de seus recursos naturais e finitos.

Mas o ato de consumir está ligado apenas a desejos e necessidades, ou comprar é algo que causa sensações mais complexas e determina modelos sociais?

Direção: Marcelo Machado

Vida perfeita

Não importa quando e onde estamos, a propaganda está presente de forma massiva. Desde a passividade em jingles que decoramos até as marcas que viram sinônimos de produtos, a propaganda é a alma da massificação.

Em A Alma do Negócio (1997), do diretor José Roberto Torero, um casal é a perfeita harmonia das propagandas, desde o despertar eles sabem exatamente o por quê de usarem cada produto. Mas como nada é perfeito, acabam sendo vítimas da própria publicidade, sem perder a pose do marketing, é claro.

A Alma Do Negócio é um curta-metragem que foi muito premiado e que volta a atenção a forma agressiva, e ao mesmo tempo subjetiva, que o marketing aplica ao consumidor. Pontos positivos ao roteiro com uma ótima pitada de humor negro e as atuações convincentes de Carlos Mariano e Renata Guimarães.

entenda o desejo humano pelos carros:

Durante muito tempo os humanos se deslocaram a pé, em cavalos e por barcos. A invenção das ferrovias no século XIX mudou radicalmente nossa relação com tempo e espaço. ECCE HOMO investiga a história do transporte moderno e como ele mudou a sociedade.

Questões para discussão:

Problemas dos sistemas de gestão de transporte, questões atuais de sustentabilidade e impactos ambientais, necessidades acerca da acessibilidade e mobilidade, construções sociais e cotidiano humano.

Pesquisa:

Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes

Departamento Estadual de Trânsito DETRAN

Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada

Instituto de Pesquisas Rodoviárias

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

Ministério dos Transportes

Propagandas de Cigarro

Entre as décadas de 1920 e de 1950 não havia nenhum controle sobre a publicidade do cigarro. Então, por décadas, a indústria do tabaco utilizou diversos recursos da propaganda para dizer que “fumar é bom”.

Os efeitos nocivos ocasionados pelo vício foram omitidos e era comum ver profissionais da área de saúde, estrelas de Hollywood, atletas de elite e até crianças ilustrando os anúncios de diversas marcas e enfatizando os seus supostos “benefícios”.

Atualmente, a propaganda de cigarro é proibida em vários países, inclusive no Brasil, e sabemos que o fumo causa inúmeros danos à saúde, mas houve um tempo em que fumar estava associado às melhores práticas da vida.

Celebridades de Hollywood e do esporte fizeram do cigarro um símbolo de status e saúde:

Profissionais da saúde recomendavam e atestavam o fumo:

Tabagismo

Dados do Icesp mostram que 60% dos fumantes diagnosticados com câncer não conseguem largar o cigarro, mesmo após descobrirem a doença. Além disso, de todos os atendimentos realizados no Instituto, 35% dos pacientes, ou um em cada três, afirmam ser tabagistas no momento em que ingressam na unidade para realizar o tratamento.
O tabagismo é um sério problema de saúde pública no mundo. O hábito desencadeia diversas doenças cardiovasculares e respiratórias, sem contar que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.

veja mais propagandas

Carrinho X Carinho

Em plena semana da Criança – quando o comércio deve registrar nova alta nas vendas de brinquedos e outros produtos infantis – especialistas do Instituto Alana e da Aliança pela Infância reuniram-se no último dia 9 em São Paulo para discutir os prejuízos trazidos pela publicidade dirigida às crianças e a importância do resgate do brincar como estratégia de enfrentamento.

“Os pais conversam menos com os filhos do que a publicidade. Estudos mostram que a criança brasileira é a que mais assiste TV entre as de todos os países. Diante da TV a criança é estimulada a comprar o tempo todo”, alertou a pedagoga Roberta Capezzuto, integrante do Núcleo de Educação do Instituto Alana, organização que defende o desenvolvimento saudável da criança em todos os aspectos. “E é muito fácil vender para crianças porque elas acreditam em tudo o que se diz.”

Segundo ela, a situação é preocupante. Pesquisas mostram que 30 segundos de exposição a uma propaganda é suficiente para que a criança seja influenciada por uma marca. Isso é muito preocupante porque estimula um consumismo prejudicial à infância e seus familiares.

“Há prejuízos para o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças uma vez que elas deixam de brincar para ficar na frente da TV por horas seguidas.” O resultado imediato da combinação sedentarismo e consumo de alimentos anunciados – 80% deles são calóricos, conforme pesquisas – é a obesidade na infância. Dados do Ministério da Saúde mostram que 33% das crianças brasileiras estão com sobrepeso.

“Outro problema é a erotização precoce. Não é à toa que a primeira relação sexual aos 15 anos vem aumentando em todo o Brasil”, disse Roberta. Isso tudo sem contar o estresse familiar causado por chantagens dos filhos que, seduzidos pela publicidade, pressionam os pais para comprar os produtos anunciados durante a programação infantil, com linguagem acessiva e com apelos visuais. E o danos psicológicos são trazidos por comerciais que exibem a falsa ideia de famílias sempre perfeitas, quando na realidade todas as famílias enfrentam problemas em vários momentos. “Será justo culpar os pais pelo consumismo excessivo quando há uma indústria milionária por trás dessa pressão que vitimiza a criança?”, questionou.

“Existem iniciativas para restringir a publicidade destinada ao público infantil. Mas todas sofrem ataques dos meios de comunicação, que argumentam que essas propostas ferem a liberdade de expressão”, disse o jornalista Alex Criado, da coordenação da Aliança pela Infância. “Essa defesa da liberdade de expressão, no entanto, esconde interesses escusos.”

Entre eles está o Projeto de Lei 193/2008, do deputado Rui Falcão (PT), que está pronto para ir ao plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. A proposta regulamenta a publicidade, no rádio e TV, de alimentos dirigida ao público infantil. O PL proíbe no estado a publicidade dirigida a crianças de alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio entre as 6h e 21h. A proibição vale também para divulgação desses produtos em escolas públicas e privadas. A proposta veta ainda a participação de celebridades ou personagens infantis na comercialização e a inclusão de brindes promocionais, brinquedos ou itens colecionáveis associados à compra do produto. Já a publicidade durante o horário permitido deverá vir seguida de advertência pública sobre os males causados pela obesidade.

O projeto está de acordo com o que prevê o artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que proíbe qualquer publicidade enganosa ou abusiva que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência das crianças. Em 2010, o Instituto Alana denunciou ao Procon a rede Mc Donald’s por vincular brinquedos às promoções de seus produtos. Conforme a denúncia, a associação de brinquedos com alimentos incentiva a formação de valores distorcidos, bem como a formação de hábitos alimentares prejudiciais à saúde.

Além de criação de leis para proteger as crianças dos efeitos nocivos da publicidade, Roberta defende a ação conjunta de famílias, escolas, movimentos sociais, ONGs, empresariado e o estado. Em sua apresentação, ela mostrou o filme Criança, a alma do négócio, que mostra depoimentos de crianças, pais, professores e especialistas sobre consumismo e a vulnerabilidade das crianças à propaganda. Produzido em 2008, o filme continua atual.

“Leis que defendem as crianças dos efeitos nocivos da publicidade existem, como a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o próprio Código de Defesa do Consumidor. Basta que sejam cumpridos”, disse Roberta.

Em 28 países há restrição à publicidade voltada para crianças. Suécia e Noruega baniram a publicidade.

Brincadeiras de verdade

“O encurtamento da infância – as crianças estão deixando de brincar mais cedo e essa precocidade a transforma em consumidores – é uma questão que merece muita reflexão”, disse a educadora Adriana Friedmann, coordenadora da Aliança pela Infância. A entidade mantém 20 núcleos espalhados pelo país para pesquisar e disseminar a importância do brincar.

Segundo ela, consumo não combina com infância. “Quando uma criança pede um brinquedo, é porque está angustiada. É como se ela dissesse: olha pra mim. Elas não sabem, mas estão dizendo isso.”

Para Adriana, estão faltando coisas simples e essenciais nos relacionamentos familiares, como o preparo de uma comida com afeto, mais tempo para o diálogo e brincadeiras. “Precisamos organizar nosso tempo, pegar a criança no colo, contar uma história, cantar uma música – isso é brincar também. Hoje em dia, o maior presente que podemos dar a uma criança é estar com ela por inteiro.”

Adriana lembrou que o brincar mais livre, sem brinquedos estruturados, com a criatividade do faz-de-conta era comum até os anos 1950, 1960. De lá para cá os brinquedos foram sendo introduzidos e hoje as crianças – e adultos – são cada vez mais dependentes de aparatos tecnológicos, os brinquedos atuais. “A nossa sociedade está doente, hipnotizada pela tecnologia. As pessoas estão o tempo todo desconectadas da realidade, da pessoa ao lado, daquilo que é essencial nas relações sadias, e fixadas em aparelhos como o celular. Compramos para nós e para nossos filhos”, lamentou.

Segundo Adriana, são muitas as questões para as quais não existem respostas prontas. “Precisamos olhar para dentro de nós mesmos, voltar à nossa infância, negociar com as crianças e dar a elas alternativas que ainda não conhecem, ensinar brincadeiras antigas e brincar mais com elas.”

Publicado originalmente no site Rede Brasil Atual

veja mais http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2012/04/ong-defende-proibicao-de-publicidade-voltada-ao-publico-infantil/?searchterm=publicidade%20infantil;

Vaidade Infantil

O que é vaidade?

Desejo imoderado de chamar atenção, ou de receber elogios;

Ideia exageradamente positiva que alguém faz de si próprio;

Presunção, fatuidade, gabo;

Coisa vã, fútil; futilidade. Alarde, ostentação, vanglória.

A vaidade (chamada também de orgulho ou soberba) é o desejo de atrair a admiração das outras pessoas.

Uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada.

Vaidade exagerada na infância é prejudicial na vida adulta

E quando reconhecer se a vaidade infantil está passando dos limites? Tudo que é excessivo deve ser visto com cautela. Se a criança não brinca porque não quer se sujar ou amassar a roupa; se ela passa mais tempo se arrumando do que se divertindo; se seus comentários são direcionados somente às aparências das pessoas; se ela exclui os que não acha bonitos; se ela se priva de determinados alimentos comuns às outras crianças, com o pretexto de que fazem mal à pele; se critica os pais em relação à aparência deles com frequência; se tem preocupações incomuns à idade (como peso ou celulite), é saudável procurar um psicólogo para conversar e sanar as dúvidas.

Outra dica importante é direcionar a vaidade para o autocuidado, ou seja, mostrar à criança que não adianta usar roupa da moda se não tomar banho todo dia e direito. De nada vale comprar a bota da apresentadora da TV se não mantiver as unhas aparadas e o cabelo limpo. Não adianta ser linda e fútil. Não adianta ter um corpo forte e uma cabeça fraca. Não adianta passar batom e os dentes estarem sujos. Não adianta ser admirada pelos outros se ao se olhar no espelho, não gostar de si mesma.

A vaidade excessiva na infância contribui para que as crianças deixem de viver etapas fundamentais de seu crescimento e compromete as áreas social e escolar. Um dos maiores prejuízos é a criança deixar de brincar com atividades que explorem seu desenvolvimento psicomotor, como correr, pular, subir em árvores, andar de bicicleta ou mexer com tinta para não se sujar, amassar a roupa ou transpirar. Isso é péssimo para sua formação, pois, mais tarde, ela pode se tornar um adulto com sérios problemas: desde um comportamento infantilizado até um transtorno obsessivo.

texto de Fernanda Junqueira – UOL Estilo

Veja a reportagem:

Artigo: A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL