
Empatia
anarquia
sem vergonha
por que arte?
então é natal
o que é EFEITO ESTUFA?
arte
medusa?
A invenção da lira
Hermes é um dos filhos preferidos de Zeus, que inclusive faz dele seu principal embaixador, enviando-o quando uma mensagem realmente importante tem que ser transmitida.
Sua mãe é uma ninfa muito bonita, Maia, uma das sete Plêiades.

O mínimo que se pode dizer é que o pequeno Hermes mostra- se incrivelmente precoce.
“Tendo nascido pela manhã”, conta o autor do hino homérico, “ele já tocava cítara à tarde e, à noite, roubou vacas do arqueiro Apolo…”.
Assim que abre um olho, mal sai da barriga da mãe, imagine que o pequeno Hermes se põe imediatamente em busca das vacas do rebanho de Apolo.
No caminho, vê uma tartaruga na montanha e estoura de rir; assim que olha a infeliz, percebe tudo que pode fazer com ela.
Volta rapidamente para casa, esvazia o pobre animal, mata uma vaca, estica a pele em torno do casco, fabrica cordas com as tripas e chaves para esticá-las, com canas.
Acabava de nascer a lira, e ele pôde produzir sons perfeitamente justos, bem mais harmoniosos do que os da flauta de Pã!
Não satisfeito com essa primeira invenção, Hermes parte de novo à procura das vacas imortais do irmão mais velho.
Avistando o rebanho, ele separa cinquenta animais e, para que o roubo passe despercebido, leva-os andando para trás, tendo tomado o cuidado antes de amarrar em seus cascos uma espécie de raquete feita com mato, que ele fabrica às pressas para camuflar seus passos.
Conduz as reses até uma gruta. Mais alguns minutos se passam e ele reinventa por conta própria o fogo. Sacrifica duas vacas em homenagem aos deuses e passa o restante da noite a espalhar as cinzas do fogo.
Em seguida volta para a casa em que Maia lhe dera à luz e onde está o seu berço; ele volta a dormir com ares de recém-nascido, inocente como um cordeirinho. Ouvindo as reclamações da mãe, responde simplesmente que não suporta a pobreza e quer ser rico.
De fato, um primeiro dia bem intenso de um bebê divino. É claro, Apolo acaba descobrindo a tramoia.
Vai atrás do filhinho de Zeus e ameaça lançá-lo no Tártaro se não lhe devolver as vacas. Hermes jura por todos os deuses (é o caso de se dizer) ser inocente. Apolo levanta-o acima da cabeça para jogá-lo longe, mas Hermes diz algo muito engraçado e o outro o põe de volta no chão.
A discussão acaba sendo levada ao tribunal de Zeus — que cai na gargalhada diante de tanta precocidade. Na verdade, se sente todo orgulhoso do caçula. O conflito entre Apolo e Hermes continua, mas este último mostra sua arma definitiva, a lira, e começa a tocar com tanta arte que Apolo, assim como Zeus, se desmancha e literalmente sucumbe ao charme da criança. Fascinado, Apolo, deus da música, está siderado pela beleza dos sons que saem do instrumento que ele ainda não conhecia.
Em troca da lira, promete a Hermes torná-lo rico e célebre. Mas o menino continua a negociar, a pechinchar, e ainda consegue a guarda dos rebanhos do irmão mais velho! Completando o negócio, Apolo inclusive oferece o chicote de pastor e a vareta mágica de riqueza e opulência, a mesma que vai servir como emblema de Hermes, o famoso caduceu
e as notas, senhor Otávio?
você existe?
Cogito, ergo sum é uma frase de autoria do filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650). Em geral, é traduzida para o português como “penso, logo existo”; embora seja mais correto traduzi-la como “penso, portanto sou”. Na quarta parte da versão francesa de Discurso sobre o Método (1637), essa frase é formulada como ‘je pense, donc je suis‘; nesse sentido, cogito ergo sum é a sua versão latina.
Descartes alcança essa conclusão após duvidar da verdade de todas as coisas. A seu ver, mesmo que ele duvidasse de tudo, não poderia duvidar de que ele mesmo existe pelo menos enquanto “coisa que pensa” (res cogitans). Entretanto, na meditação segunda de Meditações Metafísicas (1641), essa conclusão aparece como “Eu sou, eu existo” (“Je suis, j’existe“).
A demonstração do Cogito dá-se de maneira bastante breve no Discurso do Método, mas é muito mais extensa e detalhada nas Meditações Metafísicas. Para chegar ao “cogito, ergo sum”, Descartes estabelece dois movimentos: primeiro, demonstrar as razões que o levam à dúvida hiperbólica; e segundo, demonstrar como a dúvida hiperbólica leva à certeza indubitável de que ele mesmo existe enquanto coisa que pensa. Delineemos, a seguir, esses dois movimentos meditativos que o levam ao cogito.
Meditação Primeira
Descartes deixa claro que o propósito de suas meditações é estabelecer o conhecimento sob bases sólidas e seguras. Nesse sentido, ele rejeita – como se fosse totalmente falso – tudo aquilo que pudesse supor a menor dúvida.
Em seguida, ele estabelece três pontos para especificar como esse processo de rejeição ocorrerá, que são:
I. Negação daquilo que se baseia nos sentidos, já que é claro que os sentidos às vezes nos enganam e que não é prudente confiar naqueles que um dia nos enganaram.
II. Negação das coisas que se apresenta em um sonho, já que não há indícios concludentes de que podemos distinguir a vigília do sono e, portanto, não podemos saber se estamos sonhando agora ou se estamos acordados.
III. Negação dos paradigmas matemáticos. Esse é um ponto mais complicado, pois parece que, acordando ou dormindo, 2 + 3 = 5; que, mesmo em sonho, 2 + 3 nunca será igual a 7. Para negar essa objeção, Descartes apontará para o fato de que raciocinamos errado em relação às demonstrações mais simples da matemática. Entretanto, ele irá se concentrar principalmente no apontamento da possível existência de um “gênio maligno” que poderia fazê-lo crer que 1 + 1 = 2, mesmo que isso não fosse verdadeiro. Nesse sentido, a suposição do gênio maligno parece promover a negação não só de suas crenças matemáticas, mas também de o restante de suas opiniões.
Diante desses pontos, Descartes conclui que deve rejeitar tudo aquilo que recebera em sua crença como verdadeiro e considerar todas as suas antigas opiniões como falsas. Esse é momento em que ele assume a suspensão do juízo e a dúvida hiperbólica.
Meditação Segunda
Descartes percebe que, ao duvidar de tudo, ele não poderia negar que há a própria dúvida. Então ele admite que “penso, logo sou” deve ser o seu primeiro princípio firme e indubitável que sustentará o fundamento do conhecimento. Em outras palavras, tentando negar tudo como falso, acabava-se afirmando a existência do pensamento. Descartes duvidava e isso era indubitável, i. é, que Descartes duvidava era aquilo que conseguia resistir ao gênio maligno, pois o próprio Descartes precisaria, para ser enganado pelo gênio maligno, existir enquanto aquele que é enganado (ou aquele que pensa).
Assim, “cogito ergo sum” se torna o primeiro princípio firme e indubitável de sua jornada meditativa. Ele é o ponto arquimediano de sua filosofia. De sua própria existência enquanto coisa que pensa, então, Descartes não pode duvidar, já que, enquanto pode pensar, ele próprio é uma coisa que pensa. Essa “coisa que pensa” é aquilo “que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina também e que sente”. Em contrapartida, ele só pode afirmar que é uma coisa que pensa enquanto pensa. Se cessar o seu pensar, cessasse simultaneamente o seu existir.
Heráclito de Éfeso
Conta a História que Heráclito teria se retirado para as montanhas, onde comia plantas somente, pensava durante o dia, dormia durante a noite e sonhava muito. Vivia isolado e amava profundamente a natureza. Não gostava muito de se misturar com toda a gente e menos ainda das redes sociais de Éfeso, naquele quinto século antes de Cristo. Elaborava o mundo diferente dos já conhecidos pensadores jônicos, que defendiam a água e o ar como substâncias primordiais. Heráclito ficava mesmo intrigado com o fogo, mas era muito sábio para negar o mistério profundo da água.
Enquanto contemplava a água que brotava lá de cima da montanha, Heráclito assistia à fluidez correr em fio para todos os lados mais baixos, originando rumos, inventando caminhos, desenhando margens e cavando leitos que seriam habitados pelo rabo fluido daquele próprio elemento que ia descendo incalculável. Um corpo líquido contínuo seguia em movimento infindo. Pequenas ondas caminhavam sempre juntas em suas diferenças, no ritmo da alma, preenchendo os sentidos.
Com a cabeça ardendo em ideias, resolveu entrar no rio e deixar que toda água lhe abraçasse por algumas horas. Sentiu-se lavado por dentro. No dia seguinte, fez a mesma coisa e teve uma revelação: aquela não fora a mesma água que o teria lavado no dia anterior. Nem ele nem ninguém poderiam entrar duas vezes num mesmo rio. Panta rei os potamós! Uma vez na vida de cada vez! Cada momento é singular.
Essa ideia de movimento e da irrepetível natureza de cada instante o fez defender que o mundo é um eterno devir. Rejeitou a noção de essência primordial, ao defender a mutabilidade que está sempre gerando novas características transitórias e incompletas. Assim foi considerado o pai da dialética. Teria dito: “A oposição traz concórdia. Da discórdia advém a mais perfeita harmonia.”
Saiba mais:
desenhos ‘dia da consciência negra’
Desenhos animados com temática para sensibilizar discussões sobre o dia da consciência negra.
Consciência Negra
Dudu é um garoto negro, inteligente e imaginativo, estudante de um colégio particular da classe média de São Paulo. Durante uma aula de educação artística, sua professora, Sônia, diz a ele que utilize o que ela chama de “lápis cor da pele” para pintar um desenho. A frase desperta em Dudu uma crise de identidade. Com toda a inocência de uma criança da sua idade, Dudu passa a carregar o lápis em questão consigo para encontrar alguém que possa sanar seus questionamentos. Sua mãe, Marta, logo percebe e resolve ir até a escola da criança tomar satisfações sobre o ocorrido. A professora justifica-se dizendo que falou de forma automática, sem pensar. No meio da discussão, Dudu foge, levando consigo seu “lápis cor da pele”. Sua mãe e sua professora passam a procurá-lo desesperadamente. Passa por diversos lugares da cidade até encontrar Madalena, uma antropóloga e curadora de arte. Madalena e Dudu criam uma empatia imediata e mútua e ela, através do seu conhecimento, mostra ao garoto o quanto a raça e a cultura negra são importantes. Madalena conta a Dudu que seu nome (Dúdú) em lorubá significa negro. Dudu identifica-se com as coisas que Madalena diz a ele e desenvolve um sentimento de orgulho por sua raça. Ele resolve que a partir daquele dia não quer que o chamem por seu nome – Eduardo – e sim por Dúdú.
Cida é negra, tem 40 anos e trabalha para Maria, uma velha de 80 anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A patroa tripudia sobre a empregada, que atura ser maltratada em silêncio, mas encontra uma forma de vingança em um jogo de xadrez.
Em uma sala de aula, um grupo de jovens se desentende por causa de uma declaração racista de um deles dirigida a uma colega. A moça se ofende, a professora de Português intervém e sugere que eles levem o tema para o professor de História, que certamente poderá ajudá-los no debate. O professor propõe mais do que um debate: os leva-os a refletir sobre o racismo na nossa sociedade, a buscar as origens do preconceito racial e, além disso, a envolver outras pessoas na discussão, resultando num belo trabalho em grupo, depois apresentado para toda a turma. Intercalando esta ação, depoimentos de líderes do movimento negro, estudiosos e pessoas vítimas de racismo. Educação, saúde, mercado de trabalho, políticas de ação afirmativa, consciência e cidadania são alguns dos tópicos abordados ao longo deste trabalho. O vídeo faz parte da campanha Direitos são pra valer, que visa auxiliar professores, alunos e seus familiares a reconhecerem as diferentes formas de racismo e a propor ações para superá-las. A iniciativa teve por objetivo trazer a questão ao debate público e fortalecer a implementação da Lei 10.639/2003, que instituiu a disciplina História e Cultura dos Afro-brasileiros nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. Sugestão de uso: Entidades do movimento negro, estudantes e professores, igrejas, associações de moradores e movimentos sociais em geral.
O vídeo ficcional-educativo traz em menos de 30 minutos uma paródia sobre como o racismo e o preconceito ainda são encontrados nas salas de aula do Brasil. Invertendo a ordem da história, o vídeo utiliza a ironia para trabalhar o assunto de forma educativa. Nele, negros aparecem como classe dominante e brancos como escravizados e a mídia só apresenta modelos negros como exemplo de beleza.
Nesse episódio especial, Neto e Clara fazem um panomara da História Negra do Brasil.
Documentário da socióloga americana Jane Elliot sobre discriminação racial. Trata-se de um experimento onde pessoas de “olhos azuis” são taxadas como uma raça inferior e por conta disso passam a sentir na pela um pouco do que os negros americanos sofrem diariamente.
Esfinge
8 falácias lógicas difíceis de identificar
Uma falácia é o uso de raciocínio inválido ou defeituoso em um argumento.
Existem dois tipos amplos de falácias lógicas: formais e informais.
Uma falácia formal descreve uma falha na construção de um argumento dedutivo, enquanto uma falácia informal descreve um erro de raciocínio.
Nas discussões, poucas coisas são mais frustrantes do que quando você percebe que alguém está usando uma lógica ruim, mas não consegue identificar qual é o problema.
Isso raramente acontece com as falácias lógicas mais conhecidas.
Por exemplo, quando alguém em uma discussão começa a criticar a reputação da outra pessoa em vez de suas ideias, a maioria das pessoas sabe que isso é um ataque ad hominem. Ou, quando alguém compara duas coisas para sustentar seu argumento, mas não faz sentido, é uma equivalência falsa. Mas outras falácias são mais difíceis de detectar. Por exemplo, digamos que você esteja discutindo sobre política com um amigo e ele diga:
“A extrema-esquerda é louca. A extrema-direita é violenta. É por isso que as respostas certas estão no meio.”
Claro, pode ser verdade que a moderação é a resposta. Mas só porque existem dois extremos não significa que a verdade esteja necessariamente entre esses extremos. Colocando de forma mais direta: se uma pessoa diz que o céu é azul, mas outra diz que é amarelo, isso não significa que o céu é verde. Este é um argumento para a moderação, ou a falácia do meio-termo – você ouve muito isso de pessoas que estão tentando mediar conflitos.
Quando você se encontra em discussões, é valioso ser capaz de identificar e, se necessário, denunciar falácias lógicas como essa. Pode protegê-lo contra más ideias. Confira mais alguns exemplos de falácias lógicas que podem ser difíceis de detectar.
APELO À PRIVACIDADE
Quando alguém se comporta de uma maneira que afeta negativamente (ou pode afetar) os outros, mas fica chateado quando outros criticam seu comportamento, provavelmente está engajado no apelo à privacidade – ou “cuide da sua vida” – falácia.
Exemplos:
Alguém que intencionalmente come demais em um bufê à vontade apenas para obter seu “valor do dinheiro”
Um cientista que não admite sua teoria está incorreta porque seria muito doloroso ou caro
Linguagem a ser observada: “Devemos manter o curso.” “Já investi tanto…” “Sempre fizemos assim, então vamos continuar fazendo assim.”
SE-POR-UÍSQUE
Essa falácia recebeu o nome de um discurso proferido em 1952 por Noah S. “Soggy” Sweat, Jr. , um representante do estado do Mississippi , sobre se o estado deveria legalizar o álcool. O argumento de Sweat sobre a proibição foi (parafraseando):
Se por uísque você quer dizer a poção do diabo que causa tantos problemas na sociedade, então sou contra. Mas se o uísque significa o óleo da conversa, o vinho do filósofo, “ a bebida estimulante que põe a primavera no passo do velho cavalheiro em uma manhã gelada e crocante”; então eu sou certamente para ele.
Nota: se-por-whiskey realmente só se torna uma falácia quando é usado para esconder uma falta de posição ou para se esquivar de uma pergunta difícil. No discurso de Sweat, se-por-uísque era um recurso retórico eficaz usado para resumir duas perspectivas concorrentes sobre o álcool e deixar sua posição clara.
“Se por [substantivo], você quer dizer [descritores negativos do substantivo], então é claro [declaração de falta de apoio/crença]. Se, no entanto, por [substantivo], você quer dizer [descritores positivos do substantivo], então [declaração de apoio/crença].”
INCLINAÇÃO ESCORREGADIA
Essa falácia envolve argumentar contra uma posição porque você acha que escolhê-la iniciaria uma reação em cadeia de coisas ruins, mesmo que haja poucas evidências para apoiar sua afirmação. Exemplo:
“Não podemos permitir o aborto porque assim a sociedade perderá o respeito geral pela vida e ficará mais difícil punir as pessoas por cometer atos violentos como assassinato. ”
“Não podemos legalizar o casamento gay. Se o fizermos, o que vem a seguir? Permitir que as pessoas se casem com gatos e cachorros? ”
É claro que, às vezes, as decisões iniciam uma reação em cadeia, o que pode ser ruim. O dispositivo da ladeira escorregadia só se torna uma falácia quando não há evidências que sugiram que a reação em cadeia realmente ocorreria.
Linguagem a ser observada: “Se fizermos isso, o que vem a seguir?”
“NÃO HÁ ALTERNATIVA”
Uma modificação do falso dilema, essa falácia defende uma posição específica porque não há alternativas realistas. A ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher usou essa frase exata como um slogan para defender o capitalismo, e ainda é usado hoje para o mesmo fim: Claro, o capitalismo tem seus problemas, mas vimos os horrores que ocorrem quando tentamos qualquer outra coisa, então não há alternativa.
Linguagem a ser observada: “Se eu tivesse uma varinha mágica…” “O que mais vamos fazer?!”
ARGUMENTOS AD HOC
Um argumento ad hoc não é realmente uma falácia lógica, mas é uma estratégia retórica falaciosa que é comum e muitas vezes difícil de identificar. Ocorre quando a alegação de alguém é ameaçada com contraprovas, então eles apresentam uma justificativa para descartar a contraprova, na esperança de proteger sua alegação original. Reivindicações ad hoc não são projetadas para serem generalizáveis. Em vez disso, eles são tipicamente inventados no momento.
Alice: “É dito claramente na Bíblia que a Arca tinha 450 pés de comprimento, 75 pés de largura e 45 pés de altura.”
Bob: “Uma embarcação puramente de madeira desse tamanho não poderia ser construída; os maiores navios de madeira reais eram navios de tesouro chineses que exigiam aros de ferro para construir suas quilhas. Mesmo o Wyoming , que foi construído em 1909 e tinha suportes de ferro, teve problemas com a flexão e abertura do casco e precisava de bombeamento mecânico constante para impedir a inundação do porão.”
Alice: “É possível que Deus tenha intervindo e permitido que a Arca flutuasse, e como não sabemos o que é madeira de gopher, é possível que seja uma forma de madeira muito mais forte do que qualquer uma que venha de uma árvore moderna.”
TRABALHO DE NEVE
Essa falácia ocorre quando alguém realmente não tem um argumento forte, então eles apenas jogam um monte de fatos, números, anedotas e outras informações irrelevantes na plateia para confundir o problema, tornando mais difícil refutar a afirmação original. Exemplo:
Um porta-voz de uma empresa de tabaco que é confrontado sobre os riscos de fumar para a saúde, mas depois passa a mostrar gráfico após gráfico descrevendo muitas das outras maneiras pelas quais as pessoas desenvolvem câncer e como o câncer se metastática no corpo, etc.
Cuidado com argumentos prolixos e com muitos dados que parecem confusos por design.
FALÁCIA DE MCNAMARA
Batizada em homenagem a Robert McNamara , secretário de Defesa dos EUA de 1961 a 1968, essa falácia ocorre quando as decisões são tomadas com base apenas em métricas quantitativas ou observações, ignorando outros fatores. Ela decorre da Guerra do Vietnã, na qual McNamara procurou desenvolver uma fórmula para medir o progresso na guerra. Ele decidiu pela contagem de corpos. Mas essa fórmula “objetiva” não levava em conta outros fatores importantes, como a possibilidade de que o povo vietnamita nunca se rendesse.
Você também pode imaginar essa falácia ocorrendo em uma situação médica. Imagine que um paciente com câncer terminal tem um tumor, e um determinado procedimento ajuda a reduzir o tamanho do tumor, mas também causa muita dor. Ignorar a qualidade de vida seria um exemplo da falácia de McNamara.
Linguagem a ser observada: “Você não pode medir isso, então não é importante.”
O jogo das falácias
Jogo das falácias
O jogo das falácias tem como objetivo fazer com os estudantes sejam capazes de criar e reconhecer argumentos falaciosos em discussões. Ele consiste em uma série de 24 cartas, cada uma representando e trazendo informação sobre uma falácia diferente, e pode ser jogado de maneiras diferentes.
Jogo de cartas
Num grupo de até seis pessoas, cada jogador recebe aleatoriamente (como num jogo de uno ou canastra) quatro cartas de falácias. Em seguida, os jogadores viram uma carta de um segundo baralho que deve conter uma série de temas para debate. O objetivo do jogo é ficar sem nenhuma carta na mão ou o menor número possível. O jogador pode descartar uma das cartas que recebeu quando for capaz de criar uma falácia sobre o tema presente na carta da mesa. Ao final de uma rodada, um novo tema deve ser retirado.
O vencedor será aquele que conseguir largar as quatro cartas que possui ou o que tiver menos cartas quando o baralho de temas tiver acabado.
Teatro das falácias
Separe os estudantes em grupos de no mínimo três pessoas e dê a elas três cartas de falácias. Cada grupo terá que dramatizar um pequeno debate sobre um tema escolhido no qual deverá usar as falácias presentes nas cartas que receberam. É necessário que os estudantes tenham um tempo mínimo de preparação no qual devem pensar e preparar as falas da dramatização.
Mímica falaciosa
Divida a classe em alguns grupos, cada grupo com um baralho de cartas de falácias. Alternadamente, um grupo deverá fazer mímicas que representem uma falácia, enquanto outro grupo deverá tentar adivinhar de que falácia se trata. O grupo pontua quanto conseguir identificar a falácia exemplificada.
Multa da falácia
Quando alguma falácia aparecer em um debate em classe, o professor ou outros alunos podem alertar tal fato e cobrar uma “prenda” de quem a proferiu.
Rizoma
Cartas filosóficas
mitologia hindu – Ganesha
Ganesha é representado como um homem baixinho, barrigudo com pele amarela, quatro braços e a cabeça de um elefante com uma única presa. Em suas quatro mãos ele carreta uma concha, um disco (chakra), uma maça e uma flor de lótus. Aparece montado em um rato.
Ganesha é o segundo filho de Shiva e Parvati.
Diz uma das versões do mito que enquanto o deus Shiva estava fora de casa, guerreando, sua esposa, Parvati, estava à sós em casa. Sozinha decidiu tomar banho e precisava de alguém que protegesse a casa enquanto isso. Sem encontrar ninguém para esse posto, ela usou seus poderes e criou sozinha um filho, Ganesha. Assim que ele apareceu, ela ordenou que vigiasse a casa, não permitindo que ninguém entrasse ali.
Pouco tempo depois, Shiva retorna à sua casa, parando na entrada, onde encontrou Ganesha. Ganesha, seguindo palavras da sua mãe, não permitiu que o deus entrasse. Shiva, muito irritado, acabou cortando a cabeça do jovem. Enquanto isso, Parvati sai do banho e, ao ver a cena, fica horrorizada e explica a situação para Shiva.
Shiva percebeu que agiu mal e decide trazer Ganesha de volta à vida, propôs colocar a cabeça da primeira criatura viva que encontrasse dormindo voltada para o norte. O deus enviou seus soldados em busca da criatura, que encontraram um elefante. Assim, o deus Shiva reviveu seu filho colocando a cabeça de elefante no lugar.
Acreditar ou saber?
Acreditar ou saber é a mesma coisa? O que me permite saber que eu sei? O que me faz acreditar no que acredito? Charlie Renard, líder de oficinas de filosofia para crianças, convida você a pensar sobre isso, porque não há idade para aprender a pensar!
concorda?
a2 = b2 + c2
Filosofia e Crianças
Boa aula!
O Que São as Coisas – Infinito
Hugo e seu amigo robô vão até o espaço para descobrir o quão grande e infinito ele é. Lili e Félix mostram que o tempo e os números também são incontáveis. Em contrapartida, eles mostram coisas que têm começo e fim como um café da manhã, um livro e um programa de televisão.
Musas
O Que São as Coisas – Humanos
Hugo acha que é humano porque ele tem pernas, orelhas, olhos, nariz e boca. Mas a sua aranha de estimação e seu amigo macaco também têm todas essas características. Então, Felix e Lili o ajudam a descobrir o que torna os seres humanos diferentes.
O Que São as Coisas – Heróis
Lili e Félix explicam para Hugo que ser herói vai muito além de superpoderes como voar, levantar coisas pesadas e ficar invisível. Um bombeiro, uma estrela de rock e até mesmo a própria avó podem ser super-heróis da vida real.
deusa Ostara
Dizem os mitos que Ostara tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.
Um dia, Ostara estava sentada em um jardim cercada com suas amadas crianças, quando um pequeno pássaro voou sobre elas e pousou na mão da deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Ostara, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Porém, com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar.
As crianças pediram a Ostara que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Ostara decidiu esperar o fim do inverno, pois nesta época seu poder diminuía. Talvez quando a Primavera retornasse, a deusa fosse de novo restituída de seus poderes e poderia devolver a alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.
A lebre assim permaneceu até a chegada da Primavera. Nessa época os poderes de Ostara estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, mas só durante algum tempo.
Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Ostara. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Ostara que lhe concedesse sua forma original, o pássaro logo se transformou em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Ostara entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós.
Ostara assumiu vários nomes diferentes em culturas diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra. É considerada a deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera.
Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.
O que são as coisas – Compartilhar
Lili e Félix ensinam a Hugo que existem coisas boas a serem compartilhadas, ao contrário de outras.
O nascimento da deusa Atena.
Quem sou eu?
O que você vê?
Quando vejo as coisas com os olhos do coração, verei a unidade em todas as coisas. Essa é a verdade.
O bom e o mau dependem de você.
O que for semeado será colhido. Esta é a verdade.
O que são as coisas – Conhecimento – Como eu sei que eu sei?
Hugo e seus amigos relacionam os cinco sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato com o conhecimento das coisas. Porém, o seu saber está muito além do que ele consegue ver, cheirar, provar ou tocar. Ele vai utilizar todos os conhecimentos que adquiriu sobre um elefante e sobre voar para descobrir se um elefante consegue voar ou não.
o amor é doce
A verdade nas palavras.
Caso a verdade possa ferir, o melhor é calar. Ter amor nas palavras resulta na verdade. Essa é a verdade.
O jardim das flores.
É o amor que liga e une todos os povos de todas as raças. Essa é a verdade.
O tecido da vida
Os Valores Humanos – uma viagem do “Eu” ao “Nós”.
Decisões — Como Decidimos entre o Certo e o Errado?
O que é certo? O que está errado? 2+2=4 está certo? Será que Hugo é grande ou pequeno? Algumas vezes é difícil decidir a resposta certa e também a coisa certa a se fazer.
Escolhas – O que é escolha?
Algumas escolhas são fáceis, como escolher uma brincadeira e com quem vai brincar. Mas Hugo descobre que algumas escolhas são difíceis e que, às vezes, ele não terá escolha alguma.
Por que vamos à escola?
Hugo, Félix e Lili falam sobre o porquê de ir à escola. Além de ser um lugar em que ele pode aprender a ler, a escrever, a contar e outras coisas legais. Ele descobre que, apesar disso, também é possível aprender em outros locais e de outras formas.
O que são as coisas – Grande
Hugo explora as coisas que são grandes, de elefantes a árvores, de cidades a planetas. Ele aprende que “grande” pode ser qualquer coisa, como um grande apetite ou uma grande surpresa.
O que são as coisas – Imaginação
Hugo tem uma grande imaginação. Lili e Félix mostram que ele pode usá-la para descobrir problemas difíceis e até mesmo ajudar as pessoas.
A HISTÓRIA DAS PÉROLAS
Aquele que busca, acha. Essa é a verdade.
Os Valores Humanos – uma viagem do “Eu” ao “Nós”.
Apoie o Filosofia Animada
O que são as coisas – Família
Hugo questiona o tamanho de sua família e por quais pessoas ela é composta. Lili e Félix explicam o conceito de árvore genealógica e dizem se é possível escolher alguém para fazer parte da família.
O BEM E O MAL
Selecionar o bem do mal diferencia do homem do animal. Essa é a verdade.
Os Valores Humanos – uma viagem do “Eu” ao “Nós”.